sábado, 16 de maio de 2009

Para os interessados em saber como um Relações Públicas age para defender sua empresa, principalmente quando ela é mal vista pela sociedade, indico a leitura de "Obrigado por fumar" de Christopher Buckley. Para matar a curiosidade sobre a história, coloco abaixo um pequeno resumo do livro.


"O suposto herói da Academia de Pesquisa sobre o Tabaco, Nick Naylor, é retratado pelo romancista e ex-fumante, Christopher Buckley, de forma humorística. O autor expõe detalhadamente a história do Relações Públicas, Nick, que é porta-voz da indústria do tabaco e deixa de lado os princípios éticos para transformar a imagem do cigarro em algo que as pessoas comprem. Com o objetivo delimitado e utilizando-se seus artifícios de manipular informações, ele articula, de forma espetacular e cínica, todos os seus argumentos para colocar as grandes corporações como vítimas da sociedade.

O livro retrata muitas vezes a profissão do protagonista como lobby, uma atividade que só é legal nos EUA. A atividade em questão consiste em influenciar políticas de governo em favor da organização. Sem deixar de lado as sátiras que são feitas às atitudes desesperadas do senado norte-americano para prejudicar os negócios bilionários das indústrias de tabaco.

A história decorre principalmente sobre dois contextos. Primeiro a preocupação do presidente da Academia de Pesquisa sobre o Tabaco, Budd Rohrabacker – BR, a respeito da queda nas vendas da indústria do tabaco para os jovens fumantes. E o outro dilema acontece com o senador do Estado, Ortolan Finistirre, que conta com o apoio de instituições e associações contra o fumo, para inserir nos maços de cigarro a imagem de uma caveira junto com a palavra “veneno”.

Para ajudá-lo, Nick conta com os Mercadores da Morte – Mod Squad. Um grupo que se encontrava diariamente no Bert’s e reunia os porta-vozes das indústrias do tabaco, bebida e armas de fogo, sendo seus respectivos nomes Nick, Polly e Bobby Jay. Só assim, se sentiam a vontade para compartilhar os problemas do trabalho para as instituições mal-afamadas da sociedade.

Ao ver a possibilidade de um aumento de salário ou a substituição de seu cargo por uma mulher, o pai de Joey de apenas 12 anos, se vê com a necessidade de criar uma estratégia para que a venda de cigarros volte a crescer de uma maneira discreta, pois os opositores ao tabaco estavam tentando de todas as formas derrotar a academia, o que eles julgavam ser a grande responsável pela morte de cinqüenta e cinco milhões de fumantes norte-americanos. Seu plano insistia em inserir o cigarro novamente aos filmes de Hollywood, pois foi entre os principais atores de Hollywood, durante as cenas dos filmes, que o cigarro passou a influenciar a sociedade norte-americana, crescendo em grande escala as vendas do cigarro. Além desta estratégia, foi sugerido esporadicamente por Nick, durante uma entrevista na televisão, o investimento de cinco milhões de dólares em campanha para a prevenção do fuma entre as crianças do EUA.

Para impedir que as coisas sejam fáceis para o porta-voz, ele se envolve com a jornalista, Heather Holloway, que o seduz para descobrir detalhes sobre ele, sua profissão e suas possíveis armas de defesa para o que estava por vir. Assim, ela expõe tudo na primeira página do The Washington Probe, acabando com a reputação da carreira de Nick e sendo demitido por seus chefes, BR e Capitão – Doak Boykin, por ter dado informações sigilosas da academia. Dentre elas a possível apologia ao cigarro em filmes e a tentativa de suborno que Nick precisou fazer para que o Lorne Lucth, o homem Malboro, que estava com câncer, parasse com as denúncias que estava fazendo as empresas de tabaco.

Durante toda a trama, Nick deixa claro sua paixão pelos desafios que são colocados em sua vida sendo lobista, mais para ele não importa os danos que suas ações podem causar a sociedade, pois o lobby não é guiado por uma conduta ética. O que importava de verdade era para pagar a hipoteca de sua casa e a escola de seu filho, que acaba se envergonhando do trabalho do pai, por ouvir tantas críticas monstruosas a seu respeito. Então Nick explica o trabalho de um lobista para Joey e passa a ensiná-lo retórica. Assim ganha a admiração de seu filho, que durante todo o tempo tentava interagir com seu pai, que estava sempre ocupado ou preocupado com algo.

Contudo, podemos perceber que a cultura que se conhece pela manipulação dos fatos, nunca esteve tão bem descrita, como nesta comédia. Através dos argumentos, percebemos aquilo que Nick quer passar durante o livro: “...Se você argumenta corretamente, nunca está errado”.

E o final dessa história, sem grandes detalhes para não perder a curiosidade, é algo que nenhum leitor esperava, já que, em suma, Nick é preso durante dois anos, acusado de forjar o próprio sequestro, se relaciona com Polly que acaba ficando grávida e até tenta se matar por não aguentar mais tantas acusações por causa de seu trabalho.
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Referências Bibliográfica:
BUCKLEY, Christopher. Obrigado por fumar. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. 309 páginas.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Case: 50 anos da Toyota no Brasil


Atualmente uma das principais montadoras e a Terceira maior fabricante de carros do mundo é a Toyota. Em 1958, a empresa se instalou no Brasil com o nome de Toyota do Brasil Industrial e Comércio Ltda. No mesmo ano, a primeira montadora foi inaugurada em São Paulo.

A fábrica de São Bernardo do Campo permaneceu por quatro décadas com operações intactas, ou seja, todos os processos desde a ideia até o produto final eram feitos pela própria empresa. Este fato aconteceu apenas em algumas empresas do mundo.

Em 2008, a Toyota completou 50 anos no Brasil, e fez campanha de dois anos para comemorar sua potência no mercado nacional. Acompanhe o CASE de sucesso relacionado a campanha feita pela empresa.

O slogan "Ampliando Horizontes" mostra a vontade da montadora em começar uma nova fase. O planejamento da campanha feita em 2008 começou a ser elaborada dois anos antes. Isso foi deito para que as metas fossem atingidas.

Os comunicadores logo perceberam as complicações para o sucesso das metas como separar a imagem corporativa da imagem do jeep bandeirantes (um dos principais produtos feitos pela marca no mundo), apresentar a história da empresa, entre outras.

O projeto foi realizado em três partes. Na 1ª parte foram feitas pesquisas em que foram levantadas informações. Foram realizadas entrevistas que resultaram na memória empresarial da marca.

A 2ª parte foi a execução das ações planejadas junto com produtos desenvolvidos. Já a 3ª parte, deu-se pela continuidade das dessa ações que ligavam-se aos 50 anos da Toyota no Brasil.

Para reforçar a imagem, foram distribuidos brindes e materiais informativos como exemplares históricos da empresa, malas diretas, agendas, entre outros. Surgi também um hotsite comemorando os 50 anos da empresa com sua história e com um video.

O evento comemorativo realizado teve como pessoas ilustres entre 1000 convidados, Shoichiro Toyoda, filho do fundador da montadora no Brasil, o presidente Lula, o governador José Serra e o prefeito de São Paulo Gilberto Kassab.

A campanha obteve grande sucesso e cumpriu suas metas. O hotsite da campanha é http://www.50anosdetoyotanobrasil.com.br/

Referências Bibliográficas
Fonte

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Artigo: “Parem de brincar com a comunicação interna”

Assim começa um post do blog Comunicação Organizacional de Fabio Albuquerque, Relações Públicas especialista em Estratégia Empresarial, ele coordena a área de comunicação e marketing da TV Tambaú, afiliada do SBT, e da Radio Tambaú FM.

Fabio da esse titulo ao post pois aborda justamente a falta de importância dada por muitas organizações a comunicação interna. Mesmo muitas vezes as organizações dizendo que estão cientes da importância do público interno, na prática é diferente, o orçamento destinado a essa área é bem menor se comparado a outras áreas comunicação e marketing.

Fabio diz que isso acontece as vezes por falta de conhecimento, as vezes por falta de interesse. A idéia de que apenas um quadro mural ou house organs se encarregarão de tudo é errada, mas é necessário uma estratégia a longo prazo.

Talvez muitas organizações se esqueçam que ninguém melhor para falar sobre ela do que seus próprios funcionários, é muito ruim para uma organização ter alguém de dentro que passe a emitir comentários negativos sobre o local que trabalha. É preciso saber que nos dias de hoje as pessoas estão muito mais informadas e conscientes de seus direitos, o que só faz com que a organização redobre sua atenção para com os próprios funcionários.

Fonte: http://fabioalbuquerque.blogspot.com/2008/02/parem-de-brincar-de-comunicao-interna.html

terça-feira, 12 de maio de 2009

Entrevista: Rodrigo Cogo



Para discutir com mais profundidade este tema tão amplo e muitas vezes complexo que é a Comunicação Organizacional, entrevistei Rodrigo Cogo*. Ele é formado em Relações Públicas e é referência na área de Comunicação Digital e Colaborativa, sua experiência nessa área lhe proporcionou o atual cargo de Gestor de Conteúdo da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial/ABERJE. Ele também é o criador do site www.mundorp.com.br, um dos sites mais visitados da área no Brasil (de acordo com o ranking de popularidade e visitação do mecanismo de busca Google)". Como profissional autônomo, além de alimentar seu próprio site, escreve para portais de notícias e blogs e dá palestras em vários estados brasileiros.

Cogo acredita que a Comunicação Organizacional é "uma área transversal que trata das interfaces comunicativas e relacionais com outros protagonistas sociais,(...) na consciência de que a comunicação é a força propulsora do funcionamento, da aceitação e da longevidade da organização."

Como profissional da área, Rodrigo reflete que "a maioria das empresas brasileiras ainda não perceberam que deixaram de ser o centro da emissão comunicativa, que este papel agora é dividido com outros grupos e pessoas que, num ambiente digital em rede, travam conversações entre si e desenvolvem impressões sobre as organizações independente de seus discursos oficiais". Sobre o cenário contemporâneo, lamenta por visualizar que as empresas nacionais tratam a comunicação como uma atividade técnica/mecanicista em detrimento de sua função estratégica, realizando apenas o manuseio de instrumentos para tentar levar aos seus públicos sua visão de mundo "sem o compartilhamento e o dialogismo necessários".

Cogo também acredita que o comum autoritarismo não deve imperar, é aconselhável às organizações disponibilizarem meios para a participação de seus públicos estratégicos, afinal "cada vez mais as pessoas desejam expressar-se e querem negociar a doação de seus cotidianos para o trabalho em troca de respeito e valorização ou estabelecer suas opções de negócios com mútuos ganhos. A Comunicação atual ainda não sabe partilhar e nem descobriu a potencialidade do engajamento e do comprometimento ascendentes toda vez que as tomadas de decisão são conversadas e levadas adiante sem conflitos". Não poderia deixar de agradecer ao Rodrigo por sua atenção e suas interessantes reflexões sobre a área.

*Rodrigo Cogo é formado em Relações Públicas pela Universidade Federal de Santa Maria (1994) e fez vários aperfeiçoamentos, um deles em Promoção de Vendas, Merchandising, Marketing de Relacionamento e Comunicação Digital pela Escola Superior de Propaganda e Marketing/ ESPM (1997). Em 2006, ganhou destaque especial no Prêmio Opinião Pública do Conselho Regional de Relações Públicas SP-PR. Atualmente, faz especialização em Gestão Estratégica em Comunicação Organizacional e Relações Públicas/GestCorp na escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo/ECA-USP.
Rodrigo escreve para diversos portais de notícias, como o Jornal da comunicação Corporativa(SP), Coletiva (RS), PQN Notícias(MG) e para os Conselhos Regionais de Profissionais de RP da 2ª e 3ª Regiões, além de blogs do Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraíba, São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Pará. Dá palestras de temas diversificados, exemplos são "Comunicação Colaborativa" e "Relações Públicas na internet: estratégias e resultados".

http://www.google.com.br;
Imagem: arquivo pessoal do Rodrigo.