sábado, 2 de maio de 2009

Fim do III ABRAPCORP

Bem, chegou ao fim o terceiro ABRAPCORP. Três intensos, proveitosos e cansativos dias voltados para a Comunicação Organizacional. Como todos os sábados são dias de temas livres de acordo com nosso cronograma vou destacar a parte que me chamou mais atenção no congresso.

Logo no primeiro dia na Conferencia Inaugural que ocorreu sob o tema ‘Comunicação, Humanização e Organizações’ pudemos ter o prazer de escutar Dennis Mumby da Universidade da Carolina do Norte falar sobre o assunto. Uma pessoa extremamente bem-humorada (contrariando a fama dos ingleses, de serem frios ou ranzinzas) e com uma cabeça diferente, idéias frescas e mais humanas do que as que costumamos ouvir e aceitar como verdades absolutas. Uma frase em especial ficou marcada para mim: “As organizações atualmente focam muito a teoria e a filosofia e focam pouco nas pessoas.” Em algum lugar li ou escutei que “uma organização sem vida não é uma organização”, o que vai ao encontro da frase de Dennis.

Não quero dizer que todo conhecimento teórico estudado ao longo de graduação, pós-graduação e por ai vai, seja descartável, dispensável ou não importante, pelo contrario, creio que quanto mais se estudar e ler sobre algo, melhor será para seu trabalho e para colocar em práticas suas idéias. Mas estamos falando sobre comunicação organizacional, e sobre como podemos fazer com que pessoas escutem uma mensagem e a assimile. Em outro ponto de sua palestra Dennis diz sobre a importância do humor na organização, de saber que lidar com pessoas e seus sentimentos e saber controlar as emoções dentro da organização. Por isso acho crucial para uma organização conhecer a fundo seus públicos, desenvolver trabalhos de pesquisas frequentemente, não só externamente, mas também internamente.

Encerrarei esse post dando continuidade à “indicação de filmes” dada no primeiro sábado postado. O filme se chama “Patch Adams – O Amor É Contagioso”, o filme trata sobre medicina e não comunicação organizacional, mas a personagem principal desenvolve um método de tratar pacientes de maneira diferente e especifica, tratando cada um como único e especial, o que pode ser trazido facilmente para o universo organizacional.

Bom fim de feriado a todos.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Case: Kryptonite - o poder dos blogs

Kryptonite é uma marca americana de cadeados de bicicleta. Neste case, vemos como consumidores podem afetar a imagem de um produto ou de uma marca a começar pela internet. Reflexão feita na oficina "Comunicação digital e novas mídias institucionais" dada pelo Rodrigo Cogo no III Congresso ABRAPCORP.

Tudo começou no dia 12 de setembro de 2004, quando um utilizador comum do cadeado revelou no fórum  bikeforums.net que ele pode ser aberto com uma simples caneta Bic. A notícia se espalhou e 2 dias depois o blog Engadget publicou um post acompanhado de um vídeo que mostra como se abre o cadeado Kryptonite Evolution 2000 u-Lock com uma caneta.

Em 3 dias o post recebe mais de 100 comentários e o vídeo é assistido 255.000 vezes. A marca americana subestima o problema e prefere não se pronunciar. Então, no dia 17 o renomado New York Times relata o caso, além de outros jornais (de rádio e de canais de TV) que também noticiam que o cadeado Kryptonite se abre com uma caneta.


Após grande exposição na mídia, o vídeo é visto por 1.800.000 pessoas, no dia 19,  e 1.700.000 no dia seguinte. Só 5 dias depois da vasta exposição do assunto na grande mídia que a empresa decidiu reagir e anunciou que trocaria os cadeados gratuitamente, porém apenas 38.000 pessoas viram.

O que parecia ser um simples post de um blog, tornou-se num caso discutido por todos. Esta história mostra como a opinião de um consumidor pode provocar efeitos catastróficos na imagem e credibilidade de uma marca. O que ocasionou grande impacto nas suas vendas e custou 10 milhões de dólares à Kryptonite.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Conteúdo: Cultura Organizacional

Cultura Organizacional é um conjunto formado pelas regras, crenças, princípios e valores da organização.
A maioria das organizações hoje em dia trabalha com esse conjunto que é formado por três itens: Missão, Visão e Valores.

Missão: na missão a organização descreve o que ela é.
Exemplo de missão da Gol Linhas Aéreas: Prover transporte seguro de pessoas e cargas, sustentado pelo trinômio baixo custo, baixo preço e de excelência na qualidade, através de soluções inovadoras, buscando maximizar os resultados para nossos clientes, acionistas, colaboradores e sociedade.

Visão: na visão a empresa descreve o que ela quer ser.
Exemplo de visão da Gol Linha Aéreas: Superar-se e ser reconhecida, até 2010, como a empresa que popularizou o transporte aéreo com qualidade e preço baixo na América Latina.

Valores: É o que a empresa usa como base para se manter e para alcançar seus objetivos como, por exemplo, regras e princípios éticos.
Exemplo de Valores da Gol Linhas Aéreas: Desenvolver os negócios da empresa com base em ações originais, criativas, éticas e justas, focadas em resultados sustentados e duradouros, que se traduzam para os clientes em serviços de alta qualidade com preços baixos. Para os colaboradores, respeito, crescimento, reconhecimento profissional, incentivo ao exercício da solidariedade e cumprimento da responsabilidade social e ambiental.

Essa é uma das formas que a empresa utiliza tanto para vender seus produtos e passar uma boa imagem para seus clientes quanto para informar seus funcionários qual o objetivo da empresa e de que forma ela pretende alcança-los.

Mas a organização não deve esquecer que seus funcionários devem compreender totalmente o que esse conjunto de itens quer dizer.

Em minha opinião funciona como comunicação interna e externa, que eu considero um aliado importante para a comunicação organizacional. Mas não adianta nada os funcionários da empresa andaram com a missão, a visão e os valores da empresa no crachá e não saberem a sua finalidade, que na maioria das vezes é mostrar para os funcionários que eles são uma equipe, e que se a missão é o que a empresa é, isso é um reflexo do núcleo de funcionários e das atividades exercidas e que para empresa alcançar seus objetivos ele depende em grande parte de seus fincionários.

Fontes: http://www.gestaodacomunicacao.com/gestao_cultura.html
http://qualiblog.wordpress.com/2008/12/02/visao-missao-e-valores/
http://www.voegol.com.br/Paginas/home.aspx

terça-feira, 28 de abril de 2009

Entrevista: Roberto Porto Simões


Como já foi mencionado no Organização em Pauta, o III Abrapcorp começou hoje pela manhã. Por isso, os posts dessa semana serão focados em temas abordados durante o congresso.

Portanto, hoje apresentarei a vocês uma breve entrevista cedida gentilmente por Roberto Porto Simões, autor de vários livros da área da comunicação; dentre eles “Relações Públicas: função política”.

Ao abordá-lo, ele nos recebeu muito bem se mostrando disposto a ajudar-nos. Começamos levantando um ponto importante abordado em seu livro “Relações Públicas: função política”. Perguntamos qual é a função mais importante, dentre as administrativa, comunicativa e política, do gestor da comunicação para uma organização. Ele nos explicou que não se deve separar essas funções umas das outras. Simões disse também que “O gestor da comunicação é aquele que administra a relação de poder entre organização e seus públicos e que procura mantê-la bem relacionada com estes”. Mencionou que coloca o termo “gestão da comunicação”, pois a vê como meio e não como fim; “A gestão da comunicação é o meio pelo qual alcançaremos a integração organização-públicos”.

Então, citamos a comunicação organizacional como um todo, o indagando em relação a sua definição para este termo. Porto Simões a expôs como “... todo processo de comunicação entre a organização e seus públicos”.

Para finalizar, falamos sobre a comunicação integrada e qual seria, em sua opinião, a modalidade mais importante dentre as quatro existentes. Simões explicou-nos que “Não existe esse tipo de valorização das modalidades, pois você acaba saindo da área da ciência e da tecnologia e partindo para a área dos valores e da ideologia”. Clareou nossos pensamentos quando disse que tudo dependia de cada situação, do material obtido pelo profissional e dos dados possuídos. Mostrou-nos também que talvez a palavra útil fosse mais compatível com a pergunta. E sintetizando, discorreu que “Seja onde for, teremos que utilizar a teoria da informação; sendo a informação, a redução da incerteza”.

Fonte Imagem: Organização em Pauta